Mariano Procópio Ferreira Lage (Barbacena, 23 de junho de 1821 – Juiz de Fora, 14 de fevereiro de 1872) foi um engenheiro, empresário e político que marcou sua época com suas realizações e contribuições para o desenvolvimento do Brasil. Ele é conhecido como o responsável pela construção da primeira estrada pavimentada do país – Estrada União e Indústria – e também pela contratação dos imigrantes alemães e tiroleses que formaram a Colônia Alemã Dom Pedro II em Juiz de Fora (MG).
Em 1851, Mariano Procópio casou-se com Maria Amália Coelho de Castro e juntos tiveram quatro filhos: Mariano, Elisa (que morreram crianças), Frederico e Alfredo. Em 1861, ele iniciou a construção da Villa Ferreira Lage, com o objetivo de receber o Imperador Dom Pedro II durante sua passagem pela cidade, o que posteriormente se tornaria o primeiro museu de Minas Gerais, o Museu Mariano Procópio, fundado em 1915 por seu filho mais novo: Alfredo Ferreira Lage.
Com uma formação técnica na Alemanha, Mariano Procópio foi um dos pioneiros da fotografia no Brasil, tendo se apaixonado pelo assunto em uma de suas viagens à Europa. Além disso, ele foi diretor da Estrada de Ferro Dom Pedro II, das Docas da Alfândega e presidente do Jockey Club Brasileiro no Rio de Janeiro.
Mariano Procópio foi eleito deputado provincial em 1861 e deputado-geral pelo Partido Conservador, representando Minas Gerais na Assembléia Geral do Império entre 1861-1864 e 1869-1872. Em 1840, durante uma de suas viagens à Europa, descobriu sua paixão pela fotografia com Louis Jacques Mandé Daguerre, um dos inventores do processo fotográfico.
Como empresário, Mariano Procópio fundou a Escola Agrícola União e Indústria e a Estrada União e Indústria, foi proprietário de uma fazenda em Goianá -MG e investidor de imóveis e ações. Ele deixou inúmeros bens para sua família ao falecer em 14 de fevereiro de 1872, em Juiz de Fora-MG.
A Estrada União e Indústria, por sua vez, foi um marco para o surgimento da cidade de Juiz de Fora e um grande avanço para o escoamento da produção cafeeira e para a circulação de pessoas. A rota foi inaugurada pelo próprio Dom Pedro II e fez com que a região da Zona da Mata Mineira se tornasse a mais importante da província de Minas Gerais, colocando Juiz de Fora em posição de destaque.